sexta-feira, 12 de março de 2010

Closer;

Eu só gritei por aqui. Para sobreviver.O que pulsou em mim foi uma rosa. As pétalas talvez jorrem de meus pulsos e manchem o chão. Mentira minha. O chão é a certeza singular. A visão romântica que tenho de tudo está aqui. Ser feliz parece tão difícil, uma revolução que não caberia em mim.
Estou despedaçado. Um homem quando sozinho se suicida.
Não que eu tenha prazer em sofrer e me mortificar. Apenas tenho necessidade de viver o amor. E muitas vezes a única maneira que temos de amar requer muito sofrimento. Não sei como usar palavras tão bonitas porque já nem sei o que é belo. E foi tão fácil me ignorar, esquecer que certamente estarei sentindo sua falta. E dentro da minha cabeça, meu peito, pele, todos os órgãos, algo grita seu nome a cada segundo, sempre mais alto.
A pior solidão é onde não lhe é de direito sentir falta de alguém. E sabe que isso não mudará, e transfere a saudade que sentia de alguém para outro alguém, porque enjoou de ouvir em sua alma sempre o mesmo nome. E sente como sabe que ninguém chamará por você, nem mesmo com o grito ou um simples sussurro.
Dói. Atrasa-me. Um homem solitário se suicida e a mulher que é bem mais forte sobrevive. Porque sabe que poderá ter filhos e amá-los. Homem não gera vida. Homem nada faz além de errar. E eu sou um homem e já fiz muitos outros sofrerem, e, sobretudo não me perdoo pelas mulheres que magoei.
O homem é o erro. O defeito do cromossomo. O que devia ser repudiado sempre. E é o que eu sou.
E sempre me cansa. É peso de mais não ser nada. Um ser rastejante sobre duas pernas fracas e mal lavadas.
Tem razão de me deixar, já carrega um peso por si.
Vai. E não pense jamais em voltar.E não se sinta minha âncora.
Embora desejo que volte. E volte como não era antes.

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