segunda-feira, 1 de novembro de 2010

“Um copo perigoso de sede”.

Escrever é um vômito doce de meu único instinto voraz.

Minhas palavras me apunhalam e descem em pequenas doses. Um devaneio arrastado - sem mais enchentes antigas. É meu ovário que surge ao meu lado e completa o feminino e masculino em mim. Quando o lado mais oculto de minha alma me suplica, novamente eu me enveneno e revelo outra enchente, com um pudor quente chocando-se contra o frio fio fino de vida. Há também um período em que o ser vive quieto, como inseto esmagado sobre o chão no canto do cômodo. Sua entranha o entrega a uma melodia que o ensina a calar. Até novamente à renovação.

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