domingo, 20 de fevereiro de 2011

A inutilidade ofertada.

Aguardo ansioso, quase transpirando, mais esse próximo anoitecer. Procuro adivinhar às condições da Lua como se elas possuíssem a estranha magia de te dizer onde estarei. Fantasio minhas maiores loucuras. Desejo intensamente, irritantemente, com meu desespero de animal apaixonado, vestir uma camisa nova, intensificar o que quer que me domine neste momento com um perfume de título secreto e de fragrância subjetiva e real, como suaves glóbulos soltos e acumulados sultimente em vida, pequenos mistérios a serem germinados. Comprarei o melhor vinho que puder, e apanharei um punhado de rosas de pétalas escarlates, talvez escurecê-las negras com alguma técnica que ainda precisarei desenvolver. E caminhar sozinho, até te encontrar por acaso. Ajoelhar-me a teus pés e beijar suas mãos enquanto meu corpo ofegante nada contra uma corrente de não, corta o tempo e se mantém. Depois te tomo nos braços e acolho sua cabecinha cansada recostada em meu peito e te dou toda tranquilidade que um homem deve dar à mulher. Porque estou perdido por você.

3 comentários:

  1. Nossa, lindo demais, quando começa parece enigmático, seus textos me passam isso ... mas ao decorrer da leitura, o texto começa a passar tranquilidade, e aconchego ... tão lindo!
    ((:

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  2. é incrivel como você entende o que pretendo passar, por isso te mostro o que escrevo, ou tento escrever.

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