a minha poesia
está à beira do sono, à beira do definhamento, nadando num crepúsculo aborrecido.
quando as
outras estrelas chegarem, o ar embeberá do pólen o luto.
meu
coração é uma sozinha estrela em osso e sangue que apagou e ficou
cariada.
o tempo
soletra os augúrios do medo. deito-me sonso, quieto, incompetente;
cubro-me
do colo de deus e travo o abafado lamurio antes da garganta.
o meu
coração caiu num abismo; quer encontrar o chão de uma vez por
todas. despedaçar.
canto, da
sepultura invisível que me ampara, meu segredo
–
comunhão com o medo e a morte.
proibição
infinda da carne e do espírito.
dos olhos
nada me sai.
o pedido
renegado do (meu) olhar: imersão.
Lindo!
ResponderExcluirQuanto talento ...
Obrigado pela leitura e por estar sempre presente, Mimi.
ResponderExcluirUm grande beijo.