Madrugada
ascendia. A senhora se in-qui-e-ta-va.
Amassar o pão... Sim: tranquilo e branco,
[fazer]
o pão dos estranhos, matéria de salvação e ternura,
a massa se revelando – cor e forma – no calor. Cascas
estalando, comer arestas de vida, Pequenos Embriões
de Deus.
A mágica do refazer diário vencendo
o limite – impossibilidade dos olhos
Velha e cega em conexão com a fome
[alheia]
enterrava os dedos escuros na farinha
[branca]
criando as receitas novas. Ao término,
[nunca]
revia, ninguém anotava.
Bebia o copo fundo de alegria, ascen-
dia-se com o amanhecer: depositar na
janela, sobre a bandeja de bambu que
ela mesma fizera: o banquete de pães
frescosquentes (ah...!) à venda. Pouco
lucrava, sobrevivia. Assim escolhera e
- brisa leve e morna no coração -
encantara-se.
Após terminado o trabalho, em amor
- num gesto de prosseguir -
deitava-se, exausta, e por ter nova-
[mente]
concluído a magia
e o suor: sonhava.
Amassar o pão... Sim: tranquilo e branco,
[fazer]
o pão dos estranhos, matéria de salvação e ternura,
a massa se revelando – cor e forma – no calor. Cascas
estalando, comer arestas de vida, Pequenos Embriões
de Deus.
A mágica do refazer diário vencendo
o limite – impossibilidade dos olhos
Velha e cega em conexão com a fome
[alheia]
enterrava os dedos escuros na farinha
[branca]
criando as receitas novas. Ao término,
[nunca]
revia, ninguém anotava.
Bebia o copo fundo de alegria, ascen-
dia-se com o amanhecer: depositar na
janela, sobre a bandeja de bambu que
ela mesma fizera: o banquete de pães
frescosquentes (ah...!) à venda. Pouco
lucrava, sobrevivia. Assim escolhera e
- brisa leve e morna no coração -
encantara-se.
Após terminado o trabalho, em amor
- num gesto de prosseguir -
deitava-se, exausta, e por ter nova-
[mente]
concluído a magia
e o suor: sonhava.
Lindo :)
ResponderExcluirObrigado pela doce visita. Continuemos a escrever e dividir...
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